Características Morfológicas:
Pode medir até 70cm de comprimento total;
Cabeça bem definida, de contorno triangular;
Extremo do focinho é muito proeminente, com 3 a 7 escamas apicais que formam um apêndice nasal típico da espécie (daí o nome de Cornuda);
Pupila vertical com íris amarelada ou dourada e com pigmentos escuros;
Corpo relativamente grosso e coberto dorsalmente por escamas fortemente carenadas (com uma saliência longitudinal).
Habitat:
É uma espécie mediterrânica que necessita de locais com boa insolação. Deste modo, habita zonas abertas nos limites dos bosques e matas ou em bosques pouco densos, carvalhais, pinhais e zonas de matagal. No Sul habita também dunas costeiras e areais. Embora os substratos rochosos sejam preferidos por esta espécie, não são um factor que limite a sua presença, pois também habita solos arenosos e com certa vegetção que lhe serve de refúgio.
Comportamento:
É uma espécie de hábitos essencialmente diurnos, no entanto, pode apresentar actividade crepuscular ou nocturna durante o Verão. Tem um período de hibernação desde finais de Outubro/Novembro até Fevereiro/Março. A grande maioria da sua actividade desenvolve-se no solo, onde se desloca por meio de ondulações laterais do corpo que conduzem ao ziguezaguear característico destes animais.
Alimentação:
As víboras predam sobre uma grande variedade de presas, como lagartos, lagartixas e outros répteis, musaranhos, toupeira, ratos, pequenas aves, peuqenos anfíbios e invertebrados com escorpiões e centopeias.
Reprodução:
A cópula (acasalamento) tem lugar entre finais de Março e Maio. Por vezes existe um segundo pico reprodutor em Setembro-Outubro. As víboras-cornudas são ovovivíparas (animais cujo embrião se desenvolve dentro de um ovo alojado dentro do corpo da mãe). Os partos dão-se em Agosto, nascendo entre 4 a 9 crias. De um modo geral, as fêmeas não se reproduzem todos os anos.
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